Este termo, que tem significado dúbio mesmo na língua original, pode ser traduzido como cancelamento e manutenção de algo existente. É, ao mesmo tempo, afirmação e negação; ser e não ser. Hegel o utiliza para ilustrar o processo de desenvolvimento de todas as coisas, através da tríade tese/antítese/síntese. “Aufhebung” seria o processo de evolução no qual coexistem forças positivas e negativas; um processo dialético que carrega elementos de uma situação inicial e do seu oposto, permitindo ao resultado ter características de ambas as partes e, ao mesmo tempo, diferir destas.
A apresentação de 30 minutos trará reflexões sobre este tema usando imagens abstratas e sons, ambos gerados em tempo real pelo artista, através de instrumentos customizados construídos em software e uma interface com sensores, potenciômetros e faders através da qual a performance será executada. Esta interface será construída pelo artista e possibilitará ao público uma percepção mais apurada do que está sendo executado em função da correspondência direta entre movimentos no palco e o resultado imediato em imagem e som.
A obra faz parte do projeto audiovisual generativo e conceitual HOL.
Hol é um projeto conceitual audiovisual generativo criado pelo artista multimídia Henrique Roscoe. Todas as composições buscam uma correspondência entre áudio e vídeo e elas serão executadas em performances ao vivo ou na forma de vídeos e instalações. O projeto é baseado no conceito de sinestesia. Cores, formas e movimentos de cada elemento são sincronizados com notas, harmonias e ritmo. Som e imagem têm exatamente a mesma importância e são gerados ao mesmo tempo ao se tocar cada nota no teclado, através dos instrumentos específicos construídos em software.
Um novo e único instrumento é construído para cada composição, a fim de que o conceito de cada tema possa se materializar sob todas suas possibilidades em áudio e imagem. Há uma base conceitual em cada composição, de forma que esta represente emoções e sentimentos a respeito do tema que está sendo desenvolvido.
Algumas composições são produzidas na forma de instalações e podem acontecer mesmo sem a participação do artista, de forma generativa. Assim, a obra se desenvolve autonomamente, a partir de premissas estipuladas para o instrumento. Pode haver também a participação do público, que, através de sensores, tem seus movimentos capturados e analisados, e estes entram como variáveis interferindo na execução da composição.
As obras têm uma parte generativa, ou seja, apesar do artista que a executa ter controle sobre várias variáveis, algumas são geradas randomicamente. Desta forma, cada obra nuca é executada da mesma forma mais de uma vez, tornando as performances sempre atuais e únicas.
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